quinta-feira, 19 de maio de 2011

Google vai à música - iTunes chora?


O texto abaixo foi escrito para uma estudante de jornalismo, para um projeto experimental. Estou reproduzindo aqui ele na íntegra, embora não faça ideia se essa opinião chegou a ser publicada.

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Mal foi apresentado no último dia 10 de maio ao mundo, o Music Beta do Google já virou objeto de desejo. Afinal, trata-se de um serviço que permite colocar até 20 mil músicas em um servidor online, podendo acessá-las em qualquer computador ou dispositivo com o sistema operacional Android. Mas ele vai incomodar a concorrência?

Inicialmente, sim. Diferentemente do restritivo iTunes, o Music Beta permite ampliar o acesso ao seu próprio acervo para além dos limites físicos de memória ou de máquinas. É basicamente o oposto do software da Apple, concebido para uma época em que ainda era raro ter mais de um computador em casa e trazendo uma interface arcaica, com grande consumo de memória.

O problema é que, atualmente, o iTunes só continua a ser utilizado por obrigação: usuários de iPhone, iPod touch e iPad são escravos do programa. E isso expõe uma de suas principais falhas, o gerenciamento burro de arquivos de mídia. Experimente sincronizar seu aparelho iOS em qualquer computador diferente do seu e verá todas as faixas se esvaindo. Há uma necessidade de se estar sempre atrelado ao PC original.

No sentido oposto, o Music Beta é a representação da liberdade. Diferente de sites como Grooveshark, haverá acesso completo ao seu acervo, mesmo por meio de um smartphone ou tablet, com a imensa vantagem de não ser preciso armazenar tudo nos aparelhos. É tudo pela "nuvem", não há mais a incômoda necessidade de conectar um dispositivo ao computador e precisar transferir música via USB, o que geralmente demanda cabos específicos.

Mas não se empolgue ainda, já que há muitos detalhes nebulosos (com perdão do trocadilho). Em breve, o serviço deixará de ser gratuito e poderá haver limite de faixas, espaço físico ou de região. Além disso, o Brasil está de fora e nem há previsão de estreia. 

Enquanto essas questões não se definem, o desafio do Google será convencer a indústria fonográfica de que seu modelo, libertino e cego para a origem das músicas do usuário, é algo rentável. E por esse motivo que o iTunes existe: fechar as janelas, iludindo pessoas ao tentar convencer que é a maneira mais fácil de consumir música. E já não é há muito tempo. Ao menos enquanto a própria Apple não disponibilizar um serviço semelhante, o que vai acontecer muito em breve. Veremos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Algumas razões para não se impressionar com o 3D

"Pois é, os óculos 3D não cabem no meu rosto"

Fico pensando, o 3D faz tanta diferença assim? Claro, a terceira dimensão pesa no seu bolso na hora de assistir a um filme no cinema (malditos!), mas e em outras aplicações?

"Conversando" com a Caminhante Diurno no Twitter, notei que não sou o único - nem de longe - a não ficar impressionado com o efeito. É uma moda baseada em uma firula (ou "gimmick", como pode ser mais adequado na expressão em inglês). Como tal, é inconsistente e não acrescenta significativamente uma experiência melhor em filmes.

Já em videogames, há uma boa oportunidade aí. A noção de profundidade, se bem feita, pode ajudar muito em jogos de tiros, de corrida e qualquer outro que possua gráficos tridimensionais (no caso, estou falando dos polígonos). Games recentes para PlayStation 3 como Gran Turismo 5 e Killzone 3 oferecem o recurso, mas como é extremamente proibitivo ter uma HDTV3D, são perfeitamente jogáveis sem os óculos especiais (mas sem o efeito também).

Isso poderia estar prestes a acabar com o lançamento do Nintendo 3DS. Mas tem um problema: o efeito 3D engana o cérebro para conseguir a sensação de profundidade, mas isso acaba cansando os olhos. E sabemos bem que tem usuários, principalmente crianças e adolescentes (aham, adultos não hein?), que não conseguem jogar pouco ou ao menos manter pausas frequentes. E isso vai render muita pauta para telejornal ainda... Quem sabe até vire um fixo no Globo Repórter ao lado da Pororoca, Piracema e alimentos naturais que emagrecem.

Ou seja: para o 3D se tornar essencial, é preciso que a Nintendo consiga driblar a publicidade negativa e proporcionar uma experiência ao menos agradável aos olhos que não provoque o consumo indiscriminado de Tylenol. Ainda assim, ela vai ter um concorrente de peso: smartphones e tablets que, além de trazer o mesmíssimo efeito, serão muito mais versáteis (e não proíbem pornô!). Um exemplo é o smart LG Optimus 3D, que também dispensa o uso de óculos.

O problema é que ainda veremos alguns equipamentos aparecendo com tentativas de viabilizar o 3D até 2012, pelo menos, a julgar pelos projetos de fabricantes de processadores que andei lendo por aí. A minha aposta é que, se for para dar certo, que seja nos portáteis. Pois assistir à TV com óculos especiais parece ser a coisa mais idiota desde o Virtual Boy na década de 90. Que, claro, era apenas um óculos-TV gigante monocromático que provocava a devolução oral involuntária de refeições.

Bom para jogar em churrascos e confraternizações

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Novos rumores indicam o iPad 2 mais veloz, mas com a mesma resolução do original



Ninguém sabe ao certo quando a Apple vai apresentar o iPad 2, segunda geração do bem sucedido tablet revelado por Steve Jobs em janeiro de 2010. Enquanto isso, especulações só crescem em torno do aparelho: a mais recente vem de Taiwan e indica uma nova tela, chips mais rápidos, versões CDMA e GSM, câmeras como a do iPod touch e a produção de até 5 milhões de unidades até o fim do primeiro trimestre.

Mas não espere uma resolução maior do que os atuais 1024x768 ou o Retina Display como no iPhone 4 e iPod touch de última geração. De acordo com o analista da Concord Securities, Ming-Chi Kuo, as melhorias na tela do iPad 2 dizem respeito somente à sua espessura 30% menor e características antirreflexos, que proporcionam uma leitura melhor sob a luz do Sol - uma estratégia da Apple para combater um dos atributos mais festejados do leitor de livros eletrônicos Kindle.

O maior problema que impede o iPad 2 de ter um Retina Display, segundo Kuo, é a dificuldade na manufatura da tela. No momento, a produção de painéis de alta resolução e com a tecnologia de iluminação do modelo não têm o volume necessário e nem o custo pretendido pelas expectativas da Apple.

Maior capacidade gráfica

Mas a segunda geração do tablet não vai ficar parada no tempo. Uma das maiores novidades será o processador ARM Cortex-A9 de núcleo duplo com 1,2 GHz, contra o A4 da própria Apple com 1 GHz para o iPad original. Além disso, haverá também o chip gráfico (GPU) SGX543 da Imagination - sim, o mesmo que equipará o novo portátil da Sony, o NGP.

A memória RAM do iPad 2 também será maior, com 512 MB para obter mais vantagens da capacidade gráfica melhorada. Embora seja a mesma configuração do iPhone 4, rodará com um clock mais rápido de 1,066 MHz, conseguindo maior taxa de transferência de dados.

A possibilidade de um slot para cartão SD, amplamente divulgada em rumores na internet, foi mencionada, mas não confirmada (o rumor apenas diz que, além de aumentar a capacidade de armazenamento, permitiria transferir fotos e arquivos de vídeo direto de filmadoras). Mas há a especulação quase óbvia de que o iPad 2 terá duas câmeras com a mesma configuração das do iPod touch, com a traseira com suporte a vídeos em 720p e fotos em 1 megapixel e a dianteira com qualidade VGA de 0,3 megapixel para a função Facetime.

Expectativa de 5 milhões de unidades



Para atender também às operadoras norte-americana de telefonia, o tablet terá versões CDMA para a AT&T e GSM para a Verizon, além do modelo apenas com Wi-Fi. A diferença é que o CDMA utilizará o chip Qualcomm, enquanto o GSM virá com o Infineon, como no modelo original. A tática permitirá, segundo o analista taiwanês, correr menos risco de falta de estoque de componentes nas fábricas.

Falando nisso, a montagem do iPad 2 continuaria com a chinesa Foxconn, com estimativa de "ao menos de 4,5 milhões a 5 milhões de unidades" no primeiro trimestre de 2011. A data de lançamento provável, ainda segundo o analista de mercado, seria para o final de março ou começo do segundo trimestre do ano, baseado na demanda e fornecimento de componentes. Resta esperar para ver se tudo isso se confirma, com o novo tablet assumindo o posto de produto mais desejado do momento.

Via AppleInsider

sábado, 29 de janeiro de 2011

O futuro dos videogame portáteis está no banheiro

PSP2 ou NGP - videogame para banheiro?
Finalmente eu criei uma conta na App Store argentina (malandramente) e comprei (legalmente) o jogo Street Fighter IV para o iOS. Fui rendido pelas várias opiniões que colhi sobre o game e sua jogabilidade na tela sensível ao toque do iPhone - e comprovei, é realmente muito eficaz. Os golpes não entram 100% do tempo, mas confesso que isso não ocorre nem mesmo em um joystick normal de console.

Outro jogo muito elogiado recentemente é o Dead Space para iOS, com controles intuitivos e eficazes no touchscreen. Isso sem contar, é claro, todos os games casuais como Angry Birds que utilizam como ninguém os recursos de smartphones sem botões.

O que me leva a uma questão: o futuro dos portatéis. A Nintendo está para lançar o 3DS em março nos Estados Unidos, enquanto o PSP2 (NGP é apenas um codinome idiota que a Sony deu para o miniconsole e eu me recuso a falar dele informalmente dessa forma) deverá ser lançado no Japão no final do ano. Este último, equipado com todos os recursos e capacidades imagináveis para um portátil - menos o 3D, por enquanto. Mas será isso mesmo que adultos e crianças estarão jogando em 2012?

A questão é bem simples. Eu ando com meu celular em tudo que é canto. Meu PSP fica confinado em casa, para uso ocasional enquanto estou deitado (ou no banheiro, é claro). Jogos para o iPhone custam no máximo US$ 10 (cerca de R$ 17). Para PSP, se for original, não menos do que R$ 100. Mesmo lá fora, é caro também, custando ao menos o dobro dos mais caros para o iOS. Dead Space mesmo está por US$ 6 na App Store, e não é exatamente um game casual.

Sem contar que os títulos para PSP2 terão alto custo de produção, já que serão semelhantes aos do PS3. Não se engane: esse valor será repassado ao consumidor, sem dúvida. Com o tempo o preço irá cair, mas eu não creio que a Sony possa se dar ao luxo de esperar para ver a App Store crescer ainda mais.

Claro, uma iniciativa correta é o PlayStation Suite, que vai emular jogos do PSX para os smartphones Android (e para o próprio PSP2) e, quem sabe, até jogos do PSP. Mas quando isso chegar, o iPhone 5 e iPad 2 já deverão ter sido lançados e vamos ver um salto ainda maior em termos de complexidade de jogos para o iOS - Infinity Blade, que utiliza a Unreal Engine 3 (mesma do Gears of War para Xbox 360) já prova isso.



Ah, o Nintendo 3DS também não vai escapar disso. Primeiro, o efeito 3D cansa - não por enjoar, mas por deixar os olhos cansados mesmo (experimente ficar vesgo por mais do que cinco minutos). Outra: não imagino o desconforto que deva ser utilizar os gráficos tridimensionais em um ônibus, carro ou mesmo metrô com muito sacolejo. Sem contar alguns problemas semelhantes ao do PSP2: custo de desenvolvimento de jogos, preço dos títulos em relação aos praticados na App Store, necessidade de carregar mais um aparelho na bolsa... A lista pode crescer com o tempo.

Pegando emprestado uma expressão que ouvi no podcast do site norte-americano Joystiq, acho que o Nintendo 3DS e o PSP2 virarão miniconsoles de luxo que serão "a maior diversão possível para a hora do banheiro". Pelo menos até descobrirem que dá para acessar sites de vídeo pornô no iPhone.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A padroeira dos HiPhones


Engraçado, há um movimento de comerciantes paulistanos que estão contra obras da prefeitura na região da Luz e imediações para uma revitalização. Alheios ao crescente consumo de crack na área, eles estão preocupados mesmo é como isso irá afetar a Rua Santa Ifigênia, conhecido reduto de venda de eletrônicos em São Paulo e padroeira dos HiPhones. Vou explicar o porquê de eu achar isso engraçado.

É fato que a grande maioria das mercadorias lá vendidas é contrabandeada ou simplesmente pirata. Ou seja: muitos sequer pagam impostos devidos por conta dos produtos, apenas as taxas referentes aos estabelecimentos (aluguel, água, luz, condomínio, taxa-traficante, essas coisas). Muita gente acha isso ótimo, pois pode comprar equipamentos eletrônicos a preços baixíssimos. Bom, mas aí que pega uma coisa.

Segundo dados levantados pela Nokia, um em cada cinco aparelhos celulares vendidos no mundo é o popular "falsiê" (ou seja, um clone, uma versão pirata de um aparelho real). Também conhecidos lá fora como KIRF ("keepin' it real fake"), essas abominações atingem principalmente o mercado asiático, de algumas partes da Europa - provavelmente o leste, mais pobre - e, claro, a América Latina. Afinal, quem não conhece alguém que tenha um HiPhone?

Problema é que estamos dando muito dinheiro para os chineses e para quem contrabandeia esses produtos ao Brasil. Entendo que seja tentador: quem não quer um aparelho com suporte a dois chips, função de TV e aplicativos? Mas deixa eu explicar: o dual-sim é funcional, mas a recepção do sinal não; a função de TV NÃO é digital, o que vai garantir muitos chuviscos (SE pegar) e os aplicativos são todos em Java, o que qualquer celular barato atual suporta.

Smartphones reais possuem um sistema operacional como o Windows do seu computador - são softwares que suportam rodar outros programas, possuem até atualizações constantes (a menos que você seja o infeliz proprietário de algum Android mais antigo) e são construídos com memória suficiente para essas tarefas adicionais. Eu ainda incluiria outro item na categoria: são aparelhos celulares que possuem acesso à internet via Wi-Fi ou 3G (ou ambos) com navegadores. De outra forma, são completamente inúteis.

Então não vale a pena comprar esses falsiês na Sta. Ifigênia? EU acho que não. Prefiro não ter algo ou pagar mais caro (às vezes nem tanto) do que me sentir enganado com produtos que prometem muito, mas que entregam muito pouco e ainda nos enganam. Prefiro pagar R$ 550 num Samsung Galaxy 5 com Android 2.1 do que R$ 280 num HiPhone que daqui a um ano estará no lixo. Mas entendo quem prefira fazer o contrário - afinal, até mesmo o design influencia na hora da compra.

Não que eu ache justo pagar os impostos abusivos praticados por aqui. Não é também que eu não entenda que para a imensa maioria da população, R$ 240 a mais é muita coisa mesmo (pra mim também é, claro, mas considero dividir em parcelas). Mas também não acho justo pagar por um produto de 5ª categoria, sem garantia (30 dias não é garantia), e ainda ouvir comerciantes se achando injustiçados por existir um projeto para dar uma melhoria na decadência da região central de São Paulo. Ou então que vendam produtos que não sejam piratas, KIRFs ou algo do tipo que enganam o consumidor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pequeno manual dos bons modos da web



Às vezes é difícil entender como as pessoas lidam com sua vida virtual. Digo isso porque o Big Brother acabou de começar e já tem gente no Twitter reclamando como se fosse o fim do mundo. E isso é um pouco esquisito, pois acabamos de sair de um ano com eleições com segundo turno que colocou o microblog como meio para toda a sorte de idiotices proferidas contra candidatos, eleitores e até mesmo pobres nordestinos como eu.

Mas claro, a falação sobre eleições também veio com reclamações. Mas e o futebol, que tem o ano todo e gera um monte de comentários fervorosos e até brigas? E isso porque só há espaço para 140 caracteres.

Fosse a vida normal, como seria? O cara iria deixar de falar com os amigos que gostam de Big Brother? Teriam de se abster de rodinhas de conversa no bar por conta de discussões acaloradas sobre futebol ou política? Deixariam de querer olhar o mais novo iPhone que o cara comprou nos Estados Unidos?

Seguinte: eu trato a vida virtual quase como na vida "regular" (claro, com suas ressalvas em pontos pertinentes - não preciso responder a qualquer pessoa em tempo real). Não saio arranjando briga por nada, não fico bancando o troll só para irritar outros (afinal já faz um tempinho que não tenho mais 12 anos), não sou grosso com pessoas desconhecidas e não deixo ninguém no vácuo. Não acho tão difícil fazer isso, mas parece ser complicado para a maioria - o poder do anonimato e da segurança de se estar do outro lado da tela do PC é forte, reconheço.

E é o seguinte: eu gosto do Big Brother, do Guns N' Roses, de lançamentos da Apple, de eleições, de futebol... Não gostou, é bem simples: o Unfollow provavelmente já deveria ter sido acionado há algum tempo. Se não quer deixar de me seguir, que ao menos pare de reclamar - afinal, isso não deixa de ser trollagem.

Ah, a imagem da Talula é apenas para ilustrar (bem) o post. :)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Todos querem um iPad


Todo mundo que tem um blog de tecnologia quer falar da Apple. Isso acontece por motivos simples, como pagação de pau e, mais provavelmente, a certeza de que ao menos algum fanático pela marca vai acabar clicando e dando mais audiência. É meio como a Sônia Abraão falando de algum famoso com problemas com dorgas (sic) ou mesmo com o além.

Mas existe algo que vem crescendo: a busca pelo iPad. O tablet, lançado no começo de 2010 (no final do ano chegou ao Brasil) com muita pompa, foi um divisor de águas no nicho do mercado. Muita gente reclamou horrores por ele ser "um iPhone grande", outros acharam que era a salvação para 2012 e que os novos Mandamentos seriam escritos no teclado virtual do quadradinho mágico de Steve Jobs.

Bom, independente de quem amou ou odiou, o iPad foi um sucesso. Prova disso é que o mercado em breve será inundado por uma enxurrada de tablets concorrentes (além do já lançado Galaxy Tab, da Samsung) equipados com os sistemas operacionais Android, Windows 7 (com grandes chances de flopar bonito) e mesmo o BlackBerry OS (da própria fabricante).

A feira de eletrônicos CES 2011, que começa nesta semana, já é um outro sinal divino de que o pessoal tá ouriçado. E uma centena de promoções na internet (principalmente no Twitter) já se propuseram a dar um iPad de presente, confirmando a alta demanda. E quem pode viajar para as gringas, aproveita para trazer o brinquedinho consigo. E isso tudo porque estamos em vias de ter a nova geração do aparelho revelado pelo Steve Jobs no final de janeiro!

Então, tome isso como lição: quem diz que não gostaria de ter um tablet é porque nunca viu um iPad de perto. Se insistir, é porque na verdade tem inveja de sua vida e quer comer sua namorada. Ok, mentira, mas provavelmente querem no íntimo um iPad (e, quem sabe, a sua namorada também). E daqui a alguns anos, provavelmente será um aparelho tão comum para os brasileiros (de classe média, a menos que a presidente Dilma intervenha) como é hoje um notebook. Ou você imaginava em 2007 que todo mundo iria querer ter um iPhone ou smartphone com acesso à web?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Trollagem sobre trolls



Encomendei o game Gran Turismo 5 por meio de um site gringo (ShopTo - que eu ainda não recomendo, estou esperando chegar aqui para comentar algo) e estou em uma ansiedade tremenda para jogá-lo. Por tudo isso, estou pesquisando informações sobre o título em fóruns (no caso, UOL Jogos e Outerspace) e reparei em uma coisa: o mundo é dominado pelos trolls.

Como bom fã do Guns N' Roses atual (quem me conhece sabe o quanto eu gosto do Chinese Democracy), sei bem o que é isso. Também chamado de haters, são pessoas que dedicam o seu precioso tempo apenas a falar mal de alguma coisa. Seja o Axl, seja um guitarrista da banda nova, seja do GT5. No caso do GNR, os locais preferidos são fóruns, redes sociais (antigamente o Orkut, hoje o Facebook) e YouTube.

É difícil para mim conceber como pode alguém se divertir procurando confronto com pessoas de opiniões diferentes. O princípio é sempre o mesmo: provocar o "oponente" e depois simplesmente ignorar argumentos contrários. É como um comportamento psicótico de quem só tem prazer ao irritar os outros. Por isso são chamados de trolls - ou seja, os ogros que só vivem para causar o terror nas vilas medievais.

O Tiago Leifert (aquele mesmo, do Globo Esporte) disse uma vez que a melhor coisa é ignorá-los. Eu não concordo - acho que deveriam ser exterminados. Sim, fazer uma desratização da internet. Como? Adotando sistemas de votações que pudessem banir os usuários mais delatados como trolls. Sim, eu sei que não dá para fazer isso sempre, mas uma política mais rigorosa contra a má conduta na web poderia ao menos ajudar a previnir mais casos.

Em tempo: trolls sabem bem que nada é perfeito, nada vai agradar a todos. Por isso mesmo não adianta utilizar argumentos; eles simplesmente não querem dar atenção e não acreditam em fatos ou senso comum. Não tão chocante, isso lembra muito os psicopatas e nada melhor do que a internet para dar vazão aos instintos raivosos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Internet Banking: melhor do que um DeLorean?


Estava eu tentando resolver assuntos bancários pela internet quando me deparei com uma constatação: estamos em 1996. Sim, é a única explicação que eu tenho para entender como as instituições financeiras brasileiras insistem em soluções tão pouco práticas e canhestras.

Utilizar o internet banking do Bradesco, por exemplo, é quase como entrar em uma DeLorean e atingir as 88 mp/h. Se o acesso de uma conta para pessoa física é passável, o de empresas (pessoa jurídica, ou apenas PJ) é basicamente BURRO.

Você odeia o Bill Gates e possui um Macintosh ou algo rodando Linux em casa? Melhor se mudar para uma casa próxima a uma agência do Bradesco, pois será a única forma de movimentar alguma coisa em sua conta corrente. O banco nos agracia com a obrigatoriedade de utilizar alguma versão do Windows. Não só: jogue fora seu Firefox e Chrome, pois o único navegador aceito é o Internet Explorer. E se você ousou baixar a beta do IE9, só roda em modo de compatibilidade e olhe lá.

Mesmo que você consiga entrar na sua conta, os problemas não acabaram. A interface é bem século 20, com menus agrupados de forma pouco inteligente (fazer transferências com uma conta PJ é a coisa mais natural do mundo, mas é preciso ao menos 5 clickes para chegar na opção) e o melhor: pop-ups às pampas. A cada operação nova, o Internet Explorer se reproduz. Levaram a sério aquele ditado auto-ajuda sobre quando uma porta se fecha, uma janela se abre...

É estranho que uma empresa que investe em aplicativos para iPhone (uma parcela bem pequena da população brasileira) não se preste a colocar suporte para outras plataformas que não sejam da Microsoft. Isso sem falar no arquivo de segurança que, junto com o tolken, podem simplesmente ser utilizados em qualquer computador não-cadastrado. Não creio que seja muito seguro liberar o acesso dessa forma, ainda mais quando não é preciso sequer colocar agência e número da conta.

Tá ruim, mas tá bom

O Banco Real também merece ser lembrado. É preciso tantas senhas que qualquer ser humano vai acabar anotando isso em algum lugar. E aí toda a segurança vai por água abaixo... Mas não espere que seja possível abrir uma conta e sair utilizando o internet banking - é preciso muita punhetagem com atendentes de call center. Pior é que nem sempre possuem treinamento suficiente para auxiliá-lo caso haja alguma dúvida mais complexa. Experimente trocar de computador em casa e pergunte a eles se há algum problema. A cada ligação, uma resposta diferente.

Dos testados, até o momento, o Banco do Brasil foi o mais simpático. Ao menos como PF, já que o processo de abertura de uma conta PJ é mais complicado do que arranjar emprego para ex-presidiário.

Enfim, o BB traz uma interface amigável, com algumas soluções simples de segurança mas que são geralmente eficazes. Apenas a liberação de computadores via celulares é que peca (para quê ter que liberar duas vezes o mesmo computador quando se tem uma conta conjunta?), mas ao menos isso pode ser feito num caixa eletrônico.

Me disseram que o internet banking do Itaú é bom. Eu desconfio de bancos que vivem falando que são conectados e "do futuro" apenas por colocarem uma propaganda de realidade aumentada no miolo da Veja, mas....

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jogue Sonic 4 e... tenha saudades do Mega Drive

Foto: Joystiq.com
Eu confesso: num primeiro momento, gostei do Sonic the Hedgehog 4. Baixei a demo na PSN e joguei uma partidinha (só tem o primeiro ato da primeira fase). Mas desliguei o videogame com uma sensação estranha... De que já tinha visto aquele filme antes.

Claro que já. A fase é uma variação pouco inspirada da clássica Green Hil Zone, do Sonic 1 para o Mega Drive. A diferença de ter gráficos em Full HD e criados com polígonos acaba deixando o jogo ainda mais esquisito - como a jogabilidade é muito parecida com o da era 16 bits, é fácil se estranhar com os movimentos robóticos do bonequinho azul.

Aliás, o design do Sonic atual está "radical" demais para o meu gosto. Muito "vamos agradar os pré-adolescentes que acham que ele é cool". Quando ele tinha um aspecto mais amigável (com cabeça e olhos maiores), trazia maior empatia. E a animação dos sprites era muito bem feita, dando personagem ao psicótico animal que sofre de ansiedade e precisa ir aos lugares correndo.

Não é o caso agora. Quando ele começa a correr, parece que ele está andando por um tempo. E o ataque dele em forma de bola está legal, mas o pulo duplo é passar açúcar ou adoçante na papaya, tirando muito do desafio do jogo. Outra coisa que desagradou é o spin dash, que agora não serve mais para ganhar velocidade de forma segura em uma ladeira, looping ou algo que o acelere.

É um pouco triste pensar que a Sega pode acabar prejudicando o Sonic ainda mais com tantos jogos abaixo da média. E se ninguém mais comprar, ele vai acabar caindo no esquecimento da mesma forma que a empresa japonesa fez com o finado Alex Kidd, que proporcionou ótimos games no Master System.